Terra
do Brasil
Pedro
de Alcântara (D. Pedro II) (Escrito em Paris)
Espavorida
agita-se a criança,
De
noturnos fantasmas com receio,
Mas
se abrigo lhe dá materno seio,
Fecha
os doridos olhos e descansa.
Perdida
é para mim toda esperança
De
volver ao Brasil: de lá me veio
Um
pugilo de terra: e nesta creio
Brando
será meu sono e sem tardança...
Qual
o infante a dormir em peito amigo,
Tristes
sombras varrendo-me a memória,
Ó
doce Pátria, sonharei contigo!
E
entre visões de paz, de luz, de glória,
Sereno
aguardarei no meu jazigo
A
justiça de Deus na voz da história!