Budismo
Moderno
Augusto
dos Anjos
Tome,
Doutor, esta tesoura, e... corte
Minha
singularíssima pessoa.
Que
importa a mim que a bicharada roa
Todo
o meu coração, depois da morte?!
Ah!
Um urubu pousou na minha sorte!
Também,
das diatomáceas da lagoa
A
criptógama cápsula se esbroa
Ao
contado de bronca destra forte!
Dissolva-se,
portanto, minha vida
Igualmente
a uma célula caída
Na
aberração de um óvulo infecundo;
Mas
o agregado abstrato das saudades
Fique
batendo nas perpétuas grades
Do
último verso que eu fizer no mundo!
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