A Espera
Manuel Batista Cepelos
Com sua voz assustadinha e doce,
Doce como um trinar de
passarinho,
Ela me disse que esperá-la fosse,
Fosse esperá-la à beira do
caminho.
Mas o tempo de espera
prolongou-se,
Prolongou-se demais! E, então,
sozinho,
Passei o dia. Veio a tarde e
trouxe,
Trouxe arrulhos de amor, de ninho
em ninho.
Desespero. O silêncio me tortura.
Mas de repente, alvoroçado escuto
Um farfalhar de folhas na
espessura.
Ela chega e tão linda, de maneira
Que só para gozar este minuto
Eu a esperara a minha vida
inteira.
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