Hão de chorar por ela os
Cinamomos...
Alphonsus de Guimaraens
Hão de chorar por ela os
cinamomos,
Murchando as flores ao tombar do
dia.
Dos laranjais hão-de cair os
pomos,
Lembrando-se daquela que os colhia.
As estrelas dirão: - "Ai!
nada somos,
Pois ela se morreu silente e
fria"...
E, pondo os olhos nela como
pomos,
Hão-de chorar a irmã que lhes
sorria.
A Lua, que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há-de
envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.
Os meus sonhos de amor serão
defuntos...
E os arcanjos dirão no azul, ao
vê-la,
Pensando em mim: - "Por que
não vieram juntos?".
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