CELESTE
Adelino
Fontoura
É
tão divina a angélica aparência
e
a graça que ilumina o rosto dela,
que
eu concebera o tipo de inocência
nessa
criança imaculada e bela.
Peregrina
do céu, pálida estrela,
exilada
na etérea transparência,
sua
origem não pode ser aquela
da
nossa triste e mísera existência.
Tem
a celeste e ingênua formosura
e
a luminosa auréola sacrossanta
de
uma visão do céu, cândida e pura.
E
quando os olhos para o céu levanta,
inundados
de mística doçura,
nem
parece mulher - parece santa.
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