Dulce
Castro Alves
Se houvesse ainda talismã bendito
Que desse ao pântano – a corrente
pura,
Musgo – ao rochedo, festa – à
sepultura,
Das águias negras – harmonia ao
grito...
Se alguém pudesse ao infeliz
precito
Dar lugar no banquete da
ventura...
E trocar-lhe o velar da insônia
escura
No poema dos beijos – infinito...
Certo... serias tu, donzela
casta,
Quem me tomasse em meio do
Calvário
A cruz de angústia que o meu ser
arrasta!...
Mas se tudo recusa-me o fadário,
Na hora de expirar, ó Dulce,
basta
Morrer beijando a cruz de teu
rosário!...
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