Visita
à Casa Paterna
Luiz
Guimarães Júnior
Como
a ave que volta ao ninho antigo,
Depois
de um longo e tenebroso inverno,
Eu
quis também rever o lar paterno,
O
meu primeiro e virginal abrigo.
Entrei.
Um gênio carinhoso e amigo,
O
fantasma, talvez, do amor materno,
Tomou-me
as mãos, olhou-me grave e terno,
E,
passo a passo, caminhou comigo.
Era
esta sala... (Ó se me lembro! e quanto!)
Em
que da luz noturna à claridade,
Minhas
irmãs e minha mãe... O pranto
Jorrou-me
em ondas... Resistir quem há-de?
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Uma ilusão gemia em cada canto,
Chorava
em cada canto uma saudade...
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