sábado, 14 de maio de 2016

Pálida, à Luz da Lâmpada Sombria - Álvares de Azevedo

Pálida, à Luz da Lâmpada Sombria
Álvares de Azevedo

Pálida, á luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens de alvorada,
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! O seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...

Não te rias de mim meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!

2 comentários: