SONETO
D'OUTONO
Adalberto
Guerra-Duval
Grandes
panos grisalhos... Folhas mortas
nos
esqueletos d'árvores d'outono...
A
Morte e o Frio andam batendo as portas,
e
o Vento ulula como um cão sem dono.
(Pelos
outonos, minha Primavera,
padeço
as agonias ambientes,
e
há no meu peito alguém que desespera...
—
Por que há de haver outonos e poentes!)
Nesta
paisagem lívida de spleen
a
Alegria expirou dentro de mim;
e
o Sol, o loiro Sol do meu país!
Morreu
de tédio pelo outono gris...
—
Como a nódoa d'azeite que s'espalma,
a
Tristeza manchou toda a minh'almal
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