VACA
ESTRELA E BOI FUBÁ
Patativa
do Assaré
(Poema
também musicado por ele.)
Seu
doutô, me dê licença
Pra
minha históra eu contá.
Se
hoje eu tou na terra estranha
E
é bem triste o meu pená
Mas
já fui muito feliz
Vivendo
no meu lugá.
Eu
tinha cavalo bom,
Gostava
de campeá
E
todo dia aboiava
Na
portêra do currá.
Ê
ê ê ê Vaca Estrela,
Ô
ô ô ô Boi Fubá.
Eu
sou fio do Nordeste,
Não
nego o meu naturá
Mas
uma seca medonha
Me
tangeu de lá pra cá.
Lá
eu tinha meu gadinho
Não
é bom nem maginá,
Minha
bela Vaca Estrela
E
o meu lindo Boi Fubá,
Quando
era de tardezinha
Eu
começava a aboiá.
Ê
ê ê ê Vaca Estrela,
Ô
ô ô ô Boi Fubá.
Aquela
seca medonha
Fez
tudo se trapaiá;
Não
nasceu capim no campo
Para
o gado sustentá,
O
sertão esturricou,
Fez
os açude secá,
Morreu
minha Vaca Estrela,
Se
acabou meu Boi Fubá,
Perdi
tudo quanto tinha
Nunca
mais pude aboiá.
Ê
ê ê ê Vaca Estrela,
Ô
ô ô ô Boi Fubá.
E
hoje, nas terra do Sú,
Longe
do torrão natá,
Quando
vejo em minha frente
Uma
boiada passá,
As
águas corre dos óio,
Começo
logo a chorá,
Me
lembro da Vaca Estrela,
Me
lembro do Boi Fubá;
Com
sodade do Nordeste
Dá
vontade de aboiá.
Ê
ê ê ê Vaca Estrela,
Ô
ô ô ô Boi Fubá.
Pena não ter a data da obra
ResponderExcluirExato, raramente se ve uma postagem com a data da obra quando se refere a poesia e musica.
ExcluirO que o uso de versos, rimas e refrão proporciona a esse texto narrativo?
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