domingo, 13 de setembro de 2015

"Fausto" - Goethe (Parte 1)

“FAUSTO” – GOETHE

“MEFISTÓFELES
(...)
De mundos, sóis, não tenho o que dizer,
Só vejo como se atormenta o humano ser.”
(Página 36)

-x-x-x-

“MEFISTÓFELES
(...)
Coitados! em seu transe os homens já lamento,
Eu próprio, até, sem gosto os atormento.”
(Página 37)

-x-x-x-

“MEFISTÓFELES
(...)
Vejo, uma ou outra vez, o Velho com prazer,
Romper com ele é que seria errôneo.
É, de um grande Senhor, louvável proceder
Mostrar-se tão humano até pra com o demônio.”
(Página 39)

-x-x-x-

“FAUSTO
Que nome tens?

MEFISTÓFELES
Questão de pouco peso
Para quem vota aos termos tal desprezo
E que, afastado sempre da aparência,
Dos seres só procura a essência.

FAUSTO
Com vossa espécie a gente pode ler
Já pelo nome o ilustre ser,
Que se revela sem favor
Com a marca de mendaz, blasfemo, destruidor.
Pois bem, quem és então?

 MEFISTÓFELES
Sou parte da Energia
Que sempre o Mal pretende e que o Bem sempre cria.

FAUSTO
Com tal enigma, que se alega?

MEFISTÓFELES
O Gênio sou que sempre nega!
E com razão; tudo o que vem a ser
É digno só de perecer;
Seria, pois, melhor, nada vir a ser mais.
Por isso, tudo a que chamais
De destruição, pecado, o mal,
Meu elemento é, integral.”
(Página 71)

Série "Diabolu In Versus".

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