“FAUSTO” – GOETHE
“MEFISTÓFELES
(carregando Fausto sobre os ombros)
Meter-se com malucos dessa laia,
Faz com que ao próprio diabo
errado saia.”
(Página 268)
-x-x-x-
“MEFISTÓFELES
(...)
Já o pressenti: fui toleirão de
monta;
De parvo e inepto ora me tenho em
conta.”
(Página 274)
-x-x-x-
“MEFISTÓFELES
(...)
Eis-me em meu brilho,
Do Caos o bem amado filho!”
(Página 316)
-x-x-x-
“MEFISTÓFELES
(com seriedade)
Deus o Senhor – sabe-se a causa –
quando
Do éter nos exilou à profundeza
Em que arde fogo cêntrico,
abraseando
Voraz conflagração em torno
acesa,
Vimo-nos lá, na luz exagerada,
Em situação incômoda e apertada.
Pôs-se a tossir toda a mó dos
demônios,
Do alto e baixo a expelir bofes
medonhos,
O inferno encheu de enxofre,
ácido e azia,
Deu isso um gás! monstruoso em
demasia,
Até que em breve, apesar de
robusta,
Rebentou afinal a térrea crusta.
A cousa agora está por outro
bico:
O que antes era a base, hoje é o
pico.
Daí o ensino lógico é oriundo:
Virar-se para o mais alto o mais
fundo;
Pois escapamos da opressiva
esfera,
À integração no ar livre da
atmosfera.
É segredo óbvio, muito bem
guardado,
Pois aos povos não foi tão cedo
revelado. (Ef. 6, 12)”
(Página 386)
Série "Diabolu In Versus".
Nenhum comentário:
Postar um comentário