terça-feira, 15 de setembro de 2015

"Fausto" - Goethe (Parte 3)

“FAUSTO” – GOETHE

“MEFISTÓFELES
(carregando Fausto sobre os ombros)
Meter-se com malucos dessa laia,
Faz com que ao próprio diabo errado saia.”
(Página 268)

-x-x-x-

“MEFISTÓFELES
(...)
Já o pressenti: fui toleirão de monta;
De parvo e inepto ora me tenho em conta.”
(Página 274)

-x-x-x-

“MEFISTÓFELES
(...)
Eis-me em meu brilho,
Do Caos o bem amado filho!”
(Página 316)

-x-x-x-

“MEFISTÓFELES
(com seriedade)
Deus o Senhor – sabe-se a causa – quando
Do éter nos exilou à profundeza
Em que arde fogo cêntrico, abraseando
Voraz conflagração em torno acesa,
Vimo-nos lá, na luz exagerada,
Em situação incômoda e apertada.
Pôs-se a tossir toda a mó dos demônios,
Do alto e baixo a expelir bofes medonhos,
O inferno encheu de enxofre, ácido e azia,
Deu isso um gás! monstruoso em demasia,
Até que em breve, apesar de robusta,
Rebentou afinal a térrea crusta.
A cousa agora está por outro bico:
O que antes era a base, hoje é o pico.
Daí o ensino lógico é oriundo:
Virar-se para o mais alto o mais fundo;
Pois escapamos da opressiva esfera,
À integração no ar livre da atmosfera.
É segredo óbvio, muito bem guardado,
Pois aos povos não foi tão cedo revelado. (Ef. 6, 12)”
(Página 386)


Série "Diabolu In Versus".

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