Pária
Roberto Medeiros
(Juiz de Fora – MG)
Brincávamos de Rei e de Rainha
No castelo do amor que nos
prendia,
Erguido por nós dois, dia por
dia,
E certos de que nada nos detinha.
Aquele reino senhoril continha
Pompas sutis de nobre cortesia,
Enchendo de esplendor e de magia
O teu orgulho e a vaidade minha.
Mas eis que um dia – é tradição
da história -,
Inconformada em repartir a
glória,
Soberana reinaste autoritária...
Gladiador plebeu, venci, fui Rei.
Por ti, por teu amor, porque te
amei,
Volto vencido à condição de
pária.
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