quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

As vírgulas e a vida

O VALOR DA PONTUAÇÃO

      Um homem rico, sentindo-se morrer, pediu papel e pena e escreveu assim:
      “Deixo os meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres.”
      Não teve tempo de pontuar – e morreu.
      A quem deixava ele a sua riqueza?
      Eram quatro os concorrentes. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete: “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.”
      A irmã do morto chegou em seguida com outra cópia do escrito, e pontuou deste modo: “Deixo os meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.”
      Surgiu o alfaiate que, pedindo a cópia do original, fez estas pontuações:
      “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.”
      O Júri estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade; e um deles, mais sabido, tomando outra cópia, pontuou-a assim: “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres!”

      (“Almanaque do Pensamento”, 1958, Editora Pensamento, São Paulo.)

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PROCESSO POR CAUSA DA VÍRGULA

      Um jornal norte-americano publicou uma carta dirigida a um médico por um doente. Dizia a carta:
      “Acho-me completamente restabelecido, depois de ter estado quase à morte por haver tomado cinco frascos de seu remédio.”
      O médico moveu uma ação contra o jornal, pois o cliente queria, na realidade, agradecer ao médico por ter sido curado pelo remédio em questão. O jornal tinha esquecido uma vírgula no texto original que era:
      “Acho-me completamente restabelecido, depois de ter estado quase à morte, por haver tomado cinco frascos de seu remédio.”

      (Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Editora Vozes, Petrópolis, RJ.)

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A VÍRGULA SALVA A CIDADE

      Certo governador, comunicando a revolta de sua cidade ao seu superior, perguntou-lhe pelo telégrafo:
      - Devo fazer fogo ou poupar a cidade?
      A resposta foi:
      - Fogo, não poupe a cidade!
      Mas o telegrafista trocou a vírgula e a resposta ficou assim:
      - Fogo não, poupe a cidade!

      (Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Editora Vozes, Petrópolis, RJ.)

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O PODER DA VÍRGULA

      Um oficial fora condenado. Seu pedido de perdão recebeu a seguinte sentença do rei: “Perdoar impossível, mandar para a forca!” A rainha, condoída da sorte do moço, salvou-o com a simples mudança da vírgula: “Perdoar, impossível mandar para a forca!”

      (Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Editora Vozes, Petrópolis, RJ.)

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