FARID UD-DIN ATTAR (1119-1229) Místico e
poeta persa. “Começou a estudar a teosofia mística sob a tutela de um faquir,
aprofundando-se tanto no espírito desta doutrina que chegou a converter-se em
um dos seus principais representantes. Viajou pelo Oriente e visitou a Índia e
ao retornar foi investido com o manto sufi em Bagdá. Grande parte de sua vida,
caracterizada por um ascetismo extremo, transcorreu em Shadyakh, tendo sido
morto por um soldado de Gengis Khan quando tinha cento e dez anos de idade. Foi
um escritor prolífico e deixou cerca de 120 mil estrofes poéticas. Obras:
‘Mantik ut-tair’ (Linguagem dos Pássaros), poema alegórico sobre a vida e a
doutrina sufi; ‘Pandama’ (Livro de Conselhos); ‘Bulbul Nama’ (Livro do
Rouxinol); ‘Wasalet Nama’ (Livro de Conjunções); ‘Tadhkiratu’l Awbija’ (Memória
dos Santos).”
GIBRAN KALIL GIBRAN (1883-1931) Poeta,
escritor, filósofo e pintor. “Escreveu prosa e poesia mística em inglês. Tagore
e Gibran têm sido considerados os dois maiores poetas do Oriente entre fins do
século dezenove e começo do vinte.”
JOHANN WOLFGANG VON GOETHE (1749-1832)
Poeta e escritor alemão. “Toda a obra de Goethe evidencia a busca incessante de
uma sabedoria transcendental e o ‘Fausto’, sua obra máxima, simboliza o
espírito humano, inquieto e ambicioso, que diligencia em busca do conhecimento
da suprema verdade. As relações de Goethe com o esoterismo ficaram documentadas
através de sua afiliação maçônica. Iniciado na Loja Amália, em Weimar, em
24-6-1780, deu verdadeiro impulso à mesma e compôs numerosos poemas de
inspiração maçônica. Comentou-se também uma suposta filiação sua à Ordem
Rosa-Cruz, em 1783, mas sem provas suficientes. Goethe, entretanto, proclamou
sua fé na astrologia em alguns dos seus escritos.”
SIR HENRY RIDER HAGGARD (1856-1925)
Escritor inglês. “Dotado de uma poderosa imaginação, algumas de suas novelas
têm um caráter fantástico e foram elogiadas por Blavatsky.”
NOVALIS (1772-1801) Poeta. “Uma das
maiores figuras do romantismo alemão, Novalis foi um pensador profundo que
pretendeu em sua lírica elevar à religião sua própria filosofia cósmica. Uma
obsessão mística domina sua obra e algumas de suas composições envolvem um
sentido esotérico”
HERMANN HESSE (1877-1962) Poeta e
novelista alemão. “Sua obra literária, que teve triunfal acolhida em todos os
países, marca três correntes bem definidas: mística, no terreno religioso;
idealista-panteísta, no filosófico; e de exaltação à liberdade, no
político-social. Grande parte das obra de Hesse tem um fundo transcendente e
hermético.”
ALDOUS HUXLEY – Escritor inglês. “Entre
sua abundante produção como novelista e ensaísta, encontram-se trabalhos de
caráter transcendente, tais como ‘O Tempo Deve Parar’, novela ocultista, ‘A
Filosofia Perene’, ensaio místico, e ‘As Portas da Percepção’, que relata suas
experiências com a mescalina.”
JORIS KARL HUYSMANS (1848-1907) Novelista
e ocultista. “Atraído pelo ocultismo, foi colaborador da revista
‘L’Initiation’, onde escreveu sobre Martinismo e outros temas e cultivou a
amizade de E. Grillot de Givry e outros ocultistas. Suas investigações em
matéria de satanismo e feitiçaria alteraram-lhe a saúde física e mental e antes
de morrer destruiu todos seus manuscritos inéditos. Morreu como católico. Sua
contribuição fundamental à literatura ocultista reside na novela ‘Là-Bás’, um
clássico do satanismo onde o herói – Durtal – faz sua aparição como um
investigador da vida de Gilles de Rais. Embora tenha sido apresentada como uma
novela, este livro pode servir também como uma referência sobre o satanismo, já
que o autor faz excelente uso de abundante documentação sobre feitiçaria,
alquimia e satanismo e foi também assessorado por pessoas intimamente
relacionadas com as práticas ocultistas. Obras (novelas relacionadas com o
ocultismo): ‘Là-Bás’ (1891); ‘A Route’ (1895), narra a conversão do personagem
Durtal ao catolicismo; ‘L’Oblat’ (1903), o ingresso de Durtal como beato em um
mosteiro beneditino.”
KABIR (1440-1518) Poeta indiano.
“Possuidor de extraordinárias tendências místicas, foi discípulo de Ramananda e
buscou a verdade em todas as religiões, chegando a converter-se em um dos
maiores santos e visionários da Índia. A lenda relata que hindus e muçulmanos,
ambos reivindicando Kabir como seu, disputaram após sua morte a posse do seu
cadáver, mas quando o sudário foi levantado encontraram em lugar do corpo um
ramo de flores. Em Magahar estão sepultados os ‘restos florais’ de Kabir em um
templo guardado pelos Kabirpanthis, membros da seita Kabir Pantha, fundada por
seus discípulos. Membro da casta mais baixa, Kabir rechaçou o sistema de castas
imperante bem como grande número de costumes bramânicos, buscando o elemento
espiritual comum capaz de unir os hindus acima das diferenças de raças, castas
e religiões. Sua doutrina, de profunda espiritualidade, afirma a existência de
um Deus único para todos, o qual recebe diversos nomes e dogmas que os homens
estabelecem. Não se alcança Deus por meio da razão ou do conhecimento, mas pelo
impulso simples e apaixonado do coração, prevalecendo, no fundo, apenas a
experiência mística. Com igual liberdade criticou o hinduísmo e o maometismo.
Através de seu principal discípulo, Nanak (1469-1538) estabeleceu assim os
fundamentos da religião Sikh. Kabir deixou em idioma hindu uma importante obra
poética, que permanece viva.”
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