Pesa o silêncio sobre a
terra. Por extenso
Caminho, passo a passo, o cortejo
funéreo
Se arrasta em direção ao negro
cemitério...
À frente, um vulto agita a
caçoula do incenso.
E o cortejo caminha. Os cantos do saltério
Ouvem-se. O morto vai numa rede suspenso;
Uma mulher enxuga as lágrimas ao
lenço;
Chora no ar o rumor de um
misticismo aéreo.
Uma ave canta; o vento
acorda. A ampla mortalha
Da noite se ilumina ao resplendor
da lua...
Uma estrige soluça; a folhagem
farfalha.
E enquanto paira no ar esse rumor
das calmas
Noites, acima dele, em silêncio,
flutua
O lausperene mudo e súplice das
almas.
(Mármores, 1895.)
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