Mar fora, ei-los que vão, cheios
de ardor insano;
Os astros e o luar — amigos
sentinelas —
Lançam bênçãos de cima às largas
caravelas
Que rasgam fortemente a vastidão
do oceano.
Ei-los que vão buscar noutras
paragens belas
Infindos cabedais de algum
tesouro arcano...
E o vento austral que passa, em
cóleras, ufano,
Faz palpitar o bojo às retesadas
velas.
Novos céus querem ver, miríficas
belezas,
Querem também possuir tesouros e
riquezas
Como essas naus, que têm
galhardetes e mastros...
Ateiam-lhes a febre essas minas
supostas...
E, olhos fitos no vácuo,
imploram, de mãos postas,
A áurea bênção dos céus e a
proteção dos astros...
(Mármores, 1895.)
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