“A FEITICEIRA
(Com grande ênfase, começa a declamar do
livro.)
Deves entender!
De um faz dez
E deixa dois irem
E iguala três,
Assim rico estás.
Perderás os quatro!
Tira cinco e seis,
Assim diz a bruxa
Faz sete e faz oito,
Está tudo acabado;
E nove são um
E dez são nenhum.
Tal é das bruxas
A tabuada.
Zombaria com a Santíssima Trindade. Cfr
um trecho das Conversações com Eckermann,
de 1824. Absurdo de profundo sentido. Goethe talvez tenha sido estimulado por
versos do livrinho Alchimistisches
Siebengestirn, aparecido em Francfurt em 1756. (Nota dos tradutores.)”
(“Fausto”, Johann
Wolfgang Goethe, Editora Letras e Artes, Rio de Janeiro, 1964, tradução de
Antenor Nascentes e José Júlio F. de Souza, página 94.)
“A
BRUXA
(começa a declamar do livro, com grande
ênfase)
Vê,
por quem és!
Do
um, faze dez,
No dois e três
Um
traço indicas
E
rico ficas.
Põe
fora o quatro!
Com
cinco e seis,
Diz
a bruxa, fareis
Sete e oito, e a conta
Quase está pronta:
E o
nove é um,
Mas
o dez é nenhum.
Das
bruxas isto é a tabuada comum!”
(“Fausto”, Goethe, tradução de Jenny
Klabin Segall, Villa Rica Editoras Reunidas Limitada, Belo Horizonte, Rio de
Janeiro, 3ª Edição, 1991, Grandes Obras da Cultura Universal, Volume 3, Página
121.)
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