quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A matemática da feiticeira em "Fausto" de Goethe

      “A FEITICEIRA
      (Com grande ênfase, começa a declamar do livro.)
      Deves entender!
      De um faz dez
      E deixa dois irem
      E iguala três,
      Assim rico estás.
      Perderás os quatro!
      Tira cinco e seis,
      Assim diz a bruxa
      Faz sete e faz oito,
      Está tudo acabado;
      E nove são um
      E dez são nenhum.
      Tal é das bruxas
      A tabuada.

      Zombaria com a Santíssima Trindade. Cfr um trecho das Conversações com Eckermann, de 1824. Absurdo de profundo sentido. Goethe talvez tenha sido estimulado por versos do livrinho Alchimistisches Siebengestirn, aparecido em Francfurt em 1756. (Nota dos tradutores.)”

(“Fausto”, Johann Wolfgang Goethe, Editora Letras e Artes, Rio de Janeiro, 1964, tradução de Antenor Nascentes e José Júlio F. de Souza, página 94.)

      “A BRUXA
      (começa a declamar do livro, com grande ênfase)
      Vê, por quem és!
      Do um, faze dez,
      No dois e três
      Um traço indicas
      E rico ficas.
      Põe fora o quatro!
      Com cinco e seis,
      Diz a bruxa, fareis
      Sete e oito, e a conta
      Quase está pronta:
      E o nove é um,
      Mas o dez é nenhum.
      Das bruxas isto é a tabuada comum!”

      (“Fausto”, Goethe, tradução de Jenny Klabin Segall, Villa Rica Editoras Reunidas Limitada, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1991, Grandes Obras da Cultura Universal, Volume 3, Página 121.)

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