“Com permissão das vossas barbas brancas
e da vossa careca macilenta,
milagrenta, litúrgica e beata,
eu vos direi, Senhor, que entre as mil
virgens
não há mulher mais linda e suculenta,
que tenha o fogo fresco da pimenta,
e que seja mais chic e democrata,
do que esse caruru vertiginoso,
do que esse vatapá turbulentoso,
esse quitute mágico e dengoso,
que Deus humanizou numa mulata!”
(“Um Boêmio no Céu”,
Catullo da Paixão Cearense, Livraria Império Editora, Rio de Janeiro, 1966, 8ª
Edição, Página 45.)
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